Capacitação em técnicas do uso de " ARTES COMBINADAS PARA PESCA EM MAR ABERTO" no distrito de Morrumbene

 





#Promovendo novas técnicas de Pesca artesanal na baía de Inhambane#.

O Instituto de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura – Delegação de Inhambane, está a capacitar no distrito de Morrumbene um grupo de operadores de pesca em técnicas do uso de " ARTES COMBINADAS PARA PESCA EM MAR ABERTO". Esta capacitação contempla também a parte prática que consiste na construção de artes de pesca melhoradas como alternativas às redes de arrasto para praia. Trata-se de uma experiência primária a ser implementada nesta baía.

A Baía de Inhambane, encontra-se tecnicamente atrasada no que diz respeito não só ao uso de tecnologias de pesca, mas também na implementação de medidas de gestão, se comparada aos distritos zona norte da província de Inhambane. Apesar deste atraso, há sim boas lições que podem ser resgatadas, melhoradas e posteriormente disseminadas em outras comunidades como é o caso da capacidade técnica de carpinteiros navais e redeiros. 

A estagnação da pesca artesanal na Baía de Inhambane várias origens, com destaque para factores Financeiros e Hábitos socioculturais. Há ainda quem diga que o desenvolvimento da indústria de turismo ao longo de toda baía de Inhambane, em alguns casos também é vista como sendo uma das principais barreiras para o desenvolvimento da pesca artesanal uma vez que esta tem contribuído para a regressão deste sector através das suas políticas que enaltecem mais o lazer ( mergulho, pescas recreativa e desportiva), privando deste modo o desenvolvimento comunitário baseado na exploração de recursos marinhos.

A baía de Inhambane está cada vez mais pressionada com o aumento de número de pescadores que estão usando cada vez mais redes com malhagem não recomendadas, embarcações pequenas movidas a remo e a vela na sua maioria, A motorização da pesca continua a ser um desafio que se impõe ao sector no seu todo.   

Esta capacitação, reveste-se de um simbolismo para o sector do Mar Águas Interiores e Pesca, uma vez que em Moçambique tal como pelo mundo fora, o arrasto para praia, é legalmente uma arte proibida por lei (art. 52 REPMAR), restando como alternativas a massificação da pesca em mar aberto como uma das primeiras soluções a adoptar aliada ao ensaio de novas artes em locais com potenciais pesqueiros um fora da baía.

Objectivamente, os resultados desta capacitação podem ser replicados em todos distritos da província, pois o problema a resolver é colectivo.






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